terça-feira, 10 de maio de 2016

Fujem môces, qu'há pitroil no algarve

Estiveram só três dias em cena? Pergunta o comum do lacobrigense que, por quaisquer razões, se viu privado de assistir à revista FUJEM MÔCES, QU'HÁ PITROIL NO ALGARVE!
Infelizmente, não é a primeira vez que isto acontece. Não sabemos, mas gostaríamos de saber, porque é que, quem dirige o Centro Cultural de Lagos, tem tanta animosidade para com o Clube Artístico Lacobrigense. Será inveja, incompreensão, ou sacanice? 
O Centro Cultural de Lagos é um espaço pago pelo erário público, ou seja, por todos nós, só por isso deveria estar sempre aberto a todas as iniciativas produzidas pelos grupos culturais do concelho que sistematicamente se vêem privados do tempo que necessitam para montar os seus espectáculos. Falamos por nós, ao sermos constantemente confrontados com mudanças absurdas de datas para satisfazer os interesses de certos produtores que parecem dominar a gerência do Centro Cultural, prejudicando constantemente os grupos amadores do concelho, para não enumerarmos as persistentes dificuldades injustificadas que só entravam o nosso trabalho em prol da cultura lacobrigense. 
Transparece uma má vontade para com a Associação por parte de quem é responsável pela gerência do Centro Cultural o que, leva-nos a pensar, ou é por interesse pessoal ou o mesmo prima pela incompetência. Quem assiste à programação anual do Centro Cultural fica com dúvidas sobre a honestidade de tal programação.  
O Clube Artístico Lacobrigense é uma associação aberta à cultura e sempre colaborou com a Câmara Municipal em variadíssimos eventos, sempre disponibilizou as suas instalações a iniciativas promovidas pela edilidade, pelo facto, julgamos não merecer tal tratamento.
Um clube como o nosso, de parcos recursos económicos deveria, porém, ser mais acarinhado pela parte de quem dirige o Centro Cultural de Lagos. Os nossos espectáculos têm público, ao contrário de outros. 
A produção de uma revista custa milhares de euros e é na bilheteira que está o retorno do investimento na produção. Se nos for vedada, à priori, um número mínimo de seis sessões, o clube arrisca-se a ter prejuízo. Para que isso não aconteça, sugerimos, de futuro, uma nova programação para os espectáculos produzidos pela associação.  Basta que haja o mínimo de compreensão. 
Assim, sugerimos uma semana para montagem e ensaios de adaptação dos actores ao palco, construção do desenho de luz e som. Na semana seguinte, estrear-se-á a revista com três espectáculos e na outra semana realizar-se-ão mais três espectáculos. Se assim for, tudo bem, senão seremos obrigados a constatar que a gerência do Centro Cultural não está minimamente interessada em promover a cultura lacobrigense mas sim dar visão a outros interesses que não os nossos.
E não venham com dificuldades por causa dos nossos cenários ficarem montados, porque é treta. Com os cenários recolhidos na teia, poderão realizar os espectáculos que quiserem. Basta haver boa vontade.