sábado, 31 de julho de 2010

terça-feira, 20 de julho de 2010

Reposição da revista: AGUENTA-TE... HÁ CRISE!

Por nossa iniciativa e por vontade da autarquia vai o Clube Artístico Lacobrigense repor em cena, por mais seis dias, a pretérita revista à portuguesa: Aguenta-te... há crise!
Dado ter havido muitos lacobrigenses que não viram o nosso espectáculo, uns por desconhecimento, outros por falta de tempo - por este não coincidir com a sua disponibilidade laboral -, outros ainda por julgarem que a revista estaria mais tempo em cena; é de interesse comum repor esta revista  tomando em conta uma experiência que há muito queremos deslindar: saber da aderência dos turistas (nacionais e estrangeiros) a este género de espectáculo em período estival.
Estaremos em cena a partir do dia 3 até ao dia 8 de Agosto de 2010, pelas 21 e 30 horas, no Centro Cultural de Lagos, para vos divertir.
A vossa alegria é o nosso êxito. Obrigado por continuarem a estar connosco.
Apareçam e gritem connosco: Viva o Teatro Revista!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Aguenta-te... há crise!

A revista à portuguesa: Aguenta-te... há crise! produzida pelo Clube Artístico Lacobrigense esteve em cena nos dias 28, 29 e 30 de Abril, bem como nos dias 1 e 2 de Maio, do corrente ano, no Centro Cultural de Lagos.
Como sempre o público lacobrigense aderiu satisfatoriamente (sempre presente todos os dias) a mais este evento produzido pelos "Artistas" com o apoio da Câmara Municipal de Lagos, das Juntas de Freguesia e de algum comércio local.
Agradecemos a todos aqueles que, com a sua colaboração e contribuição, permitiram que este evento se realizasse com sucesso.

sábado, 3 de julho de 2010

Novas Ideias

O Clube Artístico Lacobrigense tem que pensar no seu futuro imediato se não quer, tal como tem acontecido com outras colectividades congéneres, eclipsar-se do mapa das colectividades activas que permanecem, ainda, firmes no panorama da cultura e recreio. É necessário que haja objectividade e contemporaneidade nos seus programas de actividade. Mas para isso é necessário, também, que a edilidade participe, concreta e honestamente, nos eventos produzidos por esta colectividade que sejam do interesse do município no seu âmbito cultural e recreativo.
Tem esta colectividade lutado contra tempos adversos, imprevisíveis, que a sociedade, ignorantemente, nos tem imposto mas, felizmente, temos conseguido, para nosso gáudio, realizar grande parte dos eventos a que nos propusemos. Somente por isso estamos convictos de que valeu a pena o nosso esforço. Pena é que os nossos autarcas não alinhem no mesmo diapasão e sejam vulneráveis aos lambe-botas que proliferam, aos montes, por aí... contudo, para além de realizarmos os Bailes de Carnaval, o Baile da Pinha, a nossa Revista à Portuguesa, o Concurso do Fado “Cidade de Lagos” e participarmos nos eventos de interesse autárquico como as Marchas Populares, Feira da Arte Doce e a Festa dos Descobrimentos, continuamos firmes nos nossos objectivos culturais.
É nosso intuito continuarmos a colaborar com a autarquia, apresentando os nossos eventos que, futuramente, deverão ter uma reflexão séria no âmbito das nossas possibilidades financeiras para os trabalhos a realizar já que, ao que parece, a autarquia persiste em não nos satisfazer com os seus apoios. Urge uma reflexão!
Hoje, como é sabido, todos queremos fazer coisas que agradem às populações e, principalmente, aos nossos conterrâneos. Mas para isso é necessária uma participação mais coerente da autarquia e das juntas de freguesia. Estamos cansados de contribuir para a animação lacobrigense sem que haja, expressamente, da parte da edilidade, um reconhecimento que justifique o nosso esforço. Porém, numa forma airosa, com laivos de omissão estratégica, tentou a edilidade, aparentemente, calar este grupo de cidadãos lacobrigenses. Basta ver o que aconteceu o ano passado em que a edilidade tomou partido por uma cidadã e reprimiu, sorrateiramente, a nossa revista Isto Só à Lambada!
Numa desculpa pouco convincente perante posições tomadas em relação a outras colectividades a autarquia, este ano, aproveitando o descalabro económico nacional, cortou o apoio à nossa colectividade em mais de 50%... quando continuamos a ver nesta cidade algumas associações que recebem apoios, tal como nós, mas que nada fazem para merecer o que recebem... ficamos consternados, como é óbvio!... Haja coerência!
Mas, como somos lutadores, desejamos, livremente, renovar e dinamizar o panorama cultural da cidade, sem amarras, sem linhas de conduta, sem subserviência. Queira a autarquia!... Temos ideias! Sabemos, contudo, conquistar públicos. Exemplo disso é a nossa Revista à Portuguesa, e o Concurso de Fado... mesmo que muitas das vezes sejamos um tanto ou quanto inconvenientes para edilidade em algumas das rábulas apresentadas nas nossas revistas, não o fazemos por uma questão política mas por coerência social. Não somos subservientes ao poder instituído nem andamos a fazer favores a ninguém para obtermos apoios. Somos nós, simplesmente nós, e temos a convicção que a população lacobrigense adere sempre aos nossos eventos, apesar de haver gente que não goste. O que era do amarelo se todos gostassem dessa cor! Não qualifiquem os trabalhos dos “Artistas” como de menor, porque não o é, como muitos arautos da intelectualidade primária pretendem fazer crer. É um trabalho como outro qualquer sem querer ser intelectual, maçudo, sonolento... Tais críticas negativas, porém, julgamos nós, ser uma falta de respeito para todos aqueles que nos enchem as salas.
Pelo que produzimos achamos, com o devido direito, de termos os apoios que temos mesmo que haja muita gente que diga que não deveríamos criticar quem nos apoia. De hipocrisia está a sociedade farta. Mas, infelizmente, são os hipócritas que ganham nesta sociedade, sem rosto, de falsas moralidades e que ingenuamente muitos, ainda, acreditam...

Tá tudo esgroviado II

Tá tudo esgroviado

Reflexão sobre os Artistas

Tendo em conta as actividades que o Clube Artístico Lacobrigense vem desenvolvendo ao longo destes últimos sete anos, apraz dizermos que esta colectividade, para se manter viva, tem tido a necessidade de ter o seu grupo de teatro activo.
Para além da longevidade do CONCURSO DE FADO – CIDADE DE LAGOS, evento bem acolhido pela população lacobrigense, tem esta direcção, de forma convincente, acreditado na produção teatral através de uma apresentação anual de uma revista à portuguesa.
Os êxitos alcançados têm demonstrado que este será o caminho certo, para continuar a manter esta colectividade activa, apesar da sua honrosa e prestigiada longevidade.
Outras são as produções desta colectividade, como as marchas populares, que esta Direcção pondera, seriamente, abandonar caso o apoio camarário não seja mais convincente com as despesas inerentes à sua realização. Esta actividade é tão, ou mais cara, que a revista e cujo reembolso é puramente nulo. As colectividades não existem, somente, para perder dinheiro na animação de uma cidade obtusa, sem ideias culturais, mesmo que o objectivo da colectividade não seja o lucro. O apoio da nossa Câmara em relação ao que os nossos vizinhos (Portimão) dão pela realização das marchas, é abismal. Senão, vejamos: Cada colectividade recebe de apoio, em Portimão, cerca de 17.000 € enquanto a autarquia de Lagos queda-se por um apoio miserável de 3.500€, que mal chegam para pagar o guarda-roupa sem incluir os custos da criação musical.
Tomando em conta que a produção de uma marcha custa mais de 6.000 € (guarda roupa, arcos e música) como poderemos investir numa produção destas quando a nossa Câmara subsidia em metade do orçamento previsto? Se o objectivo é animar a cidade, então a edilidade que custeie as despesas inerentes ao evento, já que o mesmo é, também, do interesse da autarquia.
Mesmo os Bailes de Carnaval estão a perder a sua peculiar afluência. Há que reflectir!
Com tudo isto não queremos, de forma alguma, desistir; mas continuar a participar nos eventos culturais da cidade, onde caibam as realizações desses mesmos eventos. Mas para isso, é necessário que a edilidade tenha outra postura, diferente, para com o Clube Artístico Lacobrigense e permita, de uma forma mais salutar, que esta colectividade possa respirar e sobreviver já que com o apoio dos sócios não vamos a lado nenhum!
É certo que a direcção necessita de ter gente nova, com ideias, irreverente, que consiga manter a actividade teatral, por exemplo, e não só, activa durante todo o ano... mas, para isso, é necessário que haja uma secção de teatro com dinamismo para que, em conjunto com a direcção, consiga levar a efeito os projectos a que esta mesma, antecipadamente, se propôs. A realidade é que as colectividades estão dotadas, dentro dos moldes em que se encontram, à sua própria destruição se não houver uma dinamização efectiva e permanente.
Neste momento o grupo de teatro dos “Artistas”, imbuído de um espírito contrário ao que se projecta para um futuro próximo, está a debruçar-se, convictamente, na produção de pequenas peças de comédia que sirvam para animar, assiduamente, os interesses culturais das populações, onde se inclui as Juntas de Freguesia do concelho mais remotas.

Breve apresentação

O Clube Artístico Lacobrigense, fundado a 24 de Agosto de 1872, assumiu um papel de destaque no panorama associativo lacobrigense não só pelos pergaminhos da sua constituição inicial como pela sua contribuição ao longo dos anos da sua existência para o incremento cultural e recreativo do município de Lagos.
Fundado, simplesmente, pela vontade e determinação de um pequeno número de lacobrigenses, os “Artistas” conheceu, como qualquer instituição de idênticas características, momentos altos e de fraca incidência durante o seu período existencial que já ultrapassa o Centenário de actividade ininterrupta.
Associação com vários Estatutos aprovados (e revistos) pautou a selecção de associados através de uma profissão definida e exclusivamente centrada em elementos do sexo masculino. Porém, esta situação fora alterada já em meados do século XX com a reabertura do quadro de associados a elementos do sexo feminino.
Porém, os indivíduos admitidos como sócios efectivos tinham, obrigatoriamente, que exercer uma profissão designada, e reconhecida, como “artista”. Os outros seriam admitidos como sócios auxiliares, bem como as senhoras. Eis o facto de se apelidar o Clube Artístico Lacobrigense de “Artistas”.
Consultado o Livro de matrícula dos sócios do Clube Artístico Lacobrigense (1904-1922) constatou-se que em 1872 foram admitidos três sócios (fundadores). Foram os senhores Joaquim Izidro, José dos Santos Martins e Corrado Augusto Palanque.
Se de início parece ter havido uma rigidez operacional na selecção de candidatos a associados ao Clube Artístico Lacobrigense, com o passar dos anos tal já não se verifica, havendo uma maior abertura por parte das estruturas dirigentes consentâneas com as revisões dos Estatutos e com a adequada sensibilidade aos tempos contemporâneos da vivência da Associação.
Durante estes 138 anos de vivência, os “Artistas” teve momentos em que a dissolução foi colocada como uma hipótese realista atendendo a dois factores determinantes: falta de financiamento para as despesas do Clube e desinteresse dos associados na participação activa dos destinos do mesmo.
Cento e trinta e oito anos de História. Poucas são as Associações Culturais, Desportivas e Recreativas que usufruem desta longevidade como o Clube Artístico Lacobrigense. Em Lagos é a única que se conhece e a nível nacional é de certeza uma das que ainda subsiste no panorama da história da cultura portuguesa. Através da consulta do seu arquivo conseguimos descortinar as origens da sua formação e o seu percurso existencial. «Os Artistas» são, pois, uma Associação de que todos nos devemos orgulhar e que desde 1872 continua viva e dinâmica no espaço cultural lacobrigense.