
Para além da longevidade do CONCURSO DE FADO – CIDADE DE LAGOS, evento bem acolhido pela população lacobrigense, tem esta direcção, de forma convincente, acreditado na produção teatral através de uma apresentação anual de uma revista à portuguesa.
Os êxitos alcançados têm demonstrado que este será o caminho certo, para continuar a manter esta colectividade activa, apesar da sua honrosa e prestigiada longevidade.
Outras são as produções desta colectividade, como as marchas populares, que esta Direcção pondera, seriamente, abandonar caso o apoio camarário não seja mais convincente com as despesas inerentes à sua realização. Esta actividade é tão, ou mais cara, que a revista e cujo reembolso é puramente nulo. As colectividades não existem, somente, para perder dinheiro na animação de uma cidade obtusa, sem ideias culturais, mesmo que o objectivo da colectividade não seja o lucro. O apoio da nossa Câmara em relação ao que os nossos vizinhos (Portimão) dão pela realização das marchas, é abismal. Senão, vejamos: Cada colectividade recebe de apoio, em Portimão, cerca de 17.000 € enquanto a autarquia de Lagos queda-se por um apoio miserável de 3.500€, que mal chegam para pagar o guarda-roupa sem incluir os custos da criação musical.
Tomando em conta que a produção de uma marcha custa mais de 6.000 € (guarda roupa, arcos e música) como poderemos investir numa produção destas quando a nossa Câmara subsidia em metade do orçamento previsto? Se o objectivo é animar a cidade, então a edilidade que custeie as despesas inerentes ao evento, já que o mesmo é, também, do interesse da autarquia.
Mesmo os Bailes de Carnaval estão a perder a sua peculiar afluência. Há que reflectir!
Com tudo isto não queremos, de forma alguma, desistir; mas continuar a participar nos eventos culturais da cidade, onde caibam as realizações desses mesmos eventos. Mas para isso, é necessário que a edilidade tenha outra postura, diferente, para com o Clube Artístico Lacobrigense e permita, de uma forma mais salutar, que esta colectividade possa respirar e sobreviver já que com o apoio dos sócios não vamos a lado nenhum!
É certo que a direcção necessita de ter gente nova, com ideias, irreverente, que consiga manter a actividade teatral, por exemplo, e não só, activa durante todo o ano... mas, para isso, é necessário que haja uma secção de teatro com dinamismo para que, em conjunto com a direcção, consiga levar a efeito os projectos a que esta mesma, antecipadamente, se propôs. A realidade é que as colectividades estão dotadas, dentro dos moldes em que se encontram, à sua própria destruição se não houver uma dinamização efectiva e permanente.
Neste momento o grupo de teatro dos “Artistas”, imbuído de um espírito contrário ao que se projecta para um futuro próximo, está a debruçar-se, convictamente, na produção de pequenas peças de comédia que sirvam para animar, assiduamente, os interesses culturais das populações, onde se inclui as Juntas de Freguesia do concelho mais remotas.
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